sábado, 24 de março de 2012

Carologismos


Nesse outono (já?!), decidi fazer algo diferente. Decidi trazer para o uso cotidiano palavras criadas por mim em meados da década de 90. Na realidade, não sei se fui eu a criadora de tão incríveis palavras; não pesquisei no Google, pois prefiro achar que essa foi minha grande contribuição para a humanidade: a criação de duas palavras.
A primeira delas tem um uso bem amplo: “fudioso”. Pode ser usada em momentos de frustração, para descrever situações desconfortáveis e imprevistas, ou também coisas que não prestam. É indicada para: pessoas que desejam xingar perto de crianças, uma vez que não foi classificada como uma palavra de baixo calão; ambientes em que você não tem intimidade suficiente para usar palavrões cabeludos; crianças que desejam expressar seu descontentamento sem levar chineladas dos pais.
Exemplos de uso:
“Hoje está um calor fudioso!” (Hoje está muito quente.);
“Esse sofá está fudioso.” (Esse sofá está velho/feio.);
“Acordei com o cabelo fudioso.” (Acordei com o cabelo bagunçado/duro/medonho.);
“Tive uma semana fudiosa.” (Tive uma semana ruim.);
“Ganhei brinquedos fudiosos de Natal” (Ganhei brinquedos porcaria.).

A segunda palavra tem um uso bem mais restrito: “fulosado”. É um sinônimo para “esgarçar”. O uso ideal é para descrever peças de roupas velhas, principalmente meias que estão com o elástico gasto.
Exemplos de uso:
“Minhas meias estão fulosadas.” (Minhas meias estão velhas e com o elástico gasto.);
“Presentearei meu amigo com cuecas, pois as dele estão completamente fulosadas.” (As cuecas de meu amigo estão frouxas e vetustas.).

Declaro, por meio desse texto que, a partir de hoje, está liberado o uso das palavras que criei. Não serão permitidas mudanças no significado e/ou ortografia. Usem-nas com sabedoria!